Macacos e Gentileza

Acordamos e resolvemos tomar mais um delicioso banho de onsen. Estava de dia e admiraríamos melhor o local. Aproveitamos cerca de uma hora no banho e fomos levado pelo filho dos donos da hospedagem até o parque. Ele nos indicou onde deveríamos pegar a condução de volta ao hotel, nos deixou na entrada do parque onde devíamos prosseguir a pé por cerca de 1.6km. O dia estava frio com neve pra todo lado.

Entrada do Parque Jigokudani
Entrada do Parque Jigokudani

Iniciamos a caminhada por uma escadinha e prosseguimos pela trilha de gelo. O hotel nos havia emprestado botas, o que foi essencial pois se não teríamos os pés molhados e congelados. Era um local lindíssimo, altas árvores e muito gelo, não havia muito movimento, então sentíamos o silêncio e a harmonia com a natureza.  Lembrei muito de um quando criança e jogava Looney Tooneys no mega drive, e também de Red Dead Redemption quando John Marston anda por Tall Trees. Uma paisagem bem parecida.
Tirei muitas fotos com a câmera analógica. Seria uma grande perda não ter registrado o local.

Eu posando no gelo!
Eu posando no gelo!
Muita neve
Muita neve
Árvores e neve
Árvores e neve

Na trilha já vimos traços de animais. Pegadas e fezes, ficamos receosos de ser atacados.
Chegando ao fim da trilha havia uma outra paisagem, um pequeno caminhão atolado no gelo, que me rendeu mais fotos, e um hotel. Havia também um grande buraco que expelia um forte vapor, e um cheiro leve de ovo podre, no caso enxofre, a terra respirando.

A primeira vista no fim do caminho
A primeira vista no fim do caminho
A terra respirando
A terra respirando

Entramos para ver os macacos no onsen, já observamos muitos logo na entrada. Corriam, brincavam, brigavam e catavam piolhos uns nos outros. Subimos uma grande escada atravessamos o rio e chegamos ao onsen dos macacos. Todos bem relaxados e calmos. Acariciando uns aos outros, acalentando o corpo naquele local gelado. Ficamos contemplando, observando a vida é a harmonia que os animais tem com a natureza. Ali, sem medo nenhum dos humanos, vivendo pacificamente sem ninguém lhes dando comida ou tentando pegar-lhes. Interessante como os turistas os respeitam neste aspecto, exceto pelo número excessivo de câmeras com longas lentes enfiada quase na cara dos pobres macacos. Temos que ficar desviando dos tripés ou mesmo câmeras pelo chão, Wendel quase chutou uma sem querer.

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Catando piolho!
Catando piolho!
Curtindo uma piscininha!
Curtindo uma piscininha!
Bem de boa relaxando
Bem de boa relaxando
Família Símea
Família Símea

Depois de um longo tempo fomos embora,  entramos no centro de apoio aos turistas logo na entrada do parque para aquecer nossos pés que, apesar das botas, estavam muito gelados. Comprei uns postais e tomei chocolate quente. Na saída começou a nevar grosso. Foi um momento também especial, pois estávamos no meio da floresta, próximos à um rio e a neve caindo, uma sensação para se guardar especialmente na memória.

Na hora da neve
Na hora da neve
Eu brincando com a neve feito besta
Eu brincando com a neve feito besta

Saindo finalmente do parque, fomos ao local indicado para pegar a condução de volta. Não chegaria outro em 50 minutos, estava nevando muito e bastante frio. Perguntamos a uns turistas onde havia ônibus, ninguém sabia explicar. Todos tinham cara de ricos e de que estavam hospedados por ali mesmo. Resolvemos pegar um táxi, que segundo a lenda, é muito caro no Japão. Voltamos para onde havia um ponto com vários taxistas até que passa um carro, para e dá ré. Era nosso anfitrião, o senhorzinho, foi nos pegar. Entramos no carro quentinho, agradecemos milhares de vezes e ele foi conversando o caminho todo, não entendemos nada!
No hotel recebemos umas bolsinha para colocar no bolso e esquentar nossas mãos. Voltaríamos para Tóquio, muito tristes pois nossa viagem chegava mais próximo ao fim.

Uma noite de noodles e onsen

Chegamos a um belo hotel/ryokan em Nagano: Yudanaka Seifuso. Escolhi este porque tinha onsen com água naturalmente aquecida.
Era realmente confortável, fomos recebidos com chá e biscoitos, estávamos famintos. Descansamos um pouco, procuramos logo um local para comer. Nos indicaram um restaurante próximo à esquina.

Esperando o jantar
Esperando o jantar

Era um restaurante tradicional, poderíamos sentar no chão, mas fomos orientados a sentar no balcão mesmo. Já estava próximo a fechar, havia apenas o dono servindo, e dois caras bebendo. Nos olhavam curiosos!
Pedimos cerveja, churrasco de frango, Lámen e guiozas. Foi tudo muito barato e gostoso. O dono, muito simpático, pensou que éramos australianos, mais uma vez vimos um japonês se impressionar porque éramos burajiru jin (brasileros). Vimos um Daruma enorme com um olho só pintado, vimos também uma colmeia gigante exposta em uma redoma de vidro. Conversamos mais um pouco e partimos.

Dois Gaijins. Observa-se no alto à direita a colméia.
Dois Gaijins. Observa-se no alto à direita a colméia.

No hotel descansamos um pouco, vestimos nossas yukatas e fomos pro onsen. Esperava encontrar mais gente, mas por sorte estava vazio, era só nosso.
Tiramos nossas roupas, guardamos tudo em um cesto e entramos no local. Haviam os chuveiros e logo adiante o onsen, quadrado e com o fundo de pedra preta, tudo esfumaçando. Com as fotos abaixo é possível viusalizar, estão fora de foco porque tirei na pressa com medo de chegar alguém.

Tomamos nosso banho e depois entramos na água. Era muito quente e fui entrando aos poucos. Sentei e relaxei. Não aguentamos muito. Logo ficamos moles e saímos, eu queria aproveitar muito mais, tomei então uma ducha mais fria pra refrescar, e fiquei nesse ritmo entra e sai. Foi ótimo e muito relaxante, ficamos um bom tempo mergulhados admirando o céu estrelado e ora brincando com a neve que resistia atrás de algumas pedras em volta a um jardim.

Chuveiros para o banho!
Chuveiros para o banho!
O onsen À 45°C
O onsen À 45°C

Na saída ficamos dando uma volta pra ver o hotel e uma senhora, que depois percebemos ser a dona, nos levou pra ver todos os locais do estabelecimento. Nos apresentou os outros onsens, havia um privado, outro público, mas fechado, e um feminino, este ela não nos levou. Foi muito simpática – conversou muito em japonês, entendemos só 3% da conversa. Achamos interessante porque ela estava muito à vontade conosco, inclusive se trancou em um dos onsens. No Brasil jamais se faria isso pelo perigo e violência.

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Parte externa do Yudanaka

No final chegou seu marido e ficou muito curioso sobre o Brasil, perguntou se tínhamos leões, elefantes e tigres nas florestas. E nós tentamos explicar um pouco de nossa fauna, que não era desse jeito. A conversa foi tão boa que o senhorzinho nos prometeu levar-nos às 9 horas para o parque dos macacos. Fomos dormir para esperar o grande dia que viria.

Gostaria muito de voltar e relaxar o tanto que relaxei ali!

Saga no trem em Nagano

Chegamos finalmente à Nagano, eram mais de 14:00. Seguiríamos para nosso hotel, que não era realmente em Nagano, mas sim em outra região, era necessário pegar trem, um urbano, que nos levasse até lá. Já estávamos em cima da hora pra pegá-los, estávamos mortos, não conseguíamos carregas as pesadas malas, que no plano inicial ficariam em algum locker nos esperando, ou já seriam enviadas à Tóquio, nosso destino final.  Mas somos de economizar, e não se importar em carregar pesadas malas escadas acima e abaixo, morros acima e abaixo, e assim fomos.

O trem era comum, como os de Recife, São Paulo,  qualquer lugar (exceto CBTU da grande João Pessoa). Sentamos com nossas malas atrapalhando o trânsito de outros passageiros. A cidade era muito mais fria, víamos montanhas muito altas e vulcões ao redor. Provavelmente por isso o local tenha tantas fontes termais.

OS assentos eram confortáveis, o trem frio, mas abaixo do banco havia calefação e deixava nossas pernas quentinhas. Este trem, diferente de Tóquio, e outras cidades era mais barulhento, as pessoas conversavam mais, haviam mais jovens, estudantes. À nossa frente notei dois rapazes, pareciam saídos de um anime, talvez dois Otaku. Um pouco antes de ir pro Japão e havia assistido Akira e ambos os garotos me lembraram a animação. Um baixinho e gordinho, tinha a voz fina como de dublagem, o outro mais alto e melhor desenvolvido tinha a voz mais firme e também de dublagem, estavam com Mangás, deviam ter acabado de comprar e conversavam bastante. Foi algo rápido, mas marcante, cada um representava um estereótipo.

Outros estudantes conversavam em pé no meio do trem e conforme passavam as estações se despediam com seus bye-byes, nada de Sayōnará.Vimos também um grupo de garotas estrangeiras que iam para a mesma estação final, todas loiras, com mochilas enormes, algumas com cabelos de dread, outras com os cabelos encaracolados, sem aquela vaidade que conhecemos das garotas no Brasil

De repente o trem para, se anuncia algo em japonês, nós não entendemos nada e quase todos descem, inclusive as gringas. Hesitamos entre ficar no trem ou seguir o grupo, decidimos pelo primeiro, alguns minutos depois um oficial da companhia de trens nos pergunta se vamos para a última estação, e nos informa que devemos trocar de trem.

Chegamos à Yudanaka Eki já depois do sol se por, saindo da estação foi onde pagamos, pouco mais de 2000 Ienes, foi uma viagem longa, como da Luz à Guaianazes talvez. Fomos recepcionados por um senhor que orientava pessoas à vans, perguntou onde ficaríamos, eu disse Yudanaka Seifuso, não precisava de Van, era muito próximo, caminhamos a nosso Hotel para finalmente descansar e comer.

Viajando de ônibus

Mayumi se impressionou quando perguntamos como ir pra Tóquio. Era como se estivéssemos indo pra outro mundo. Para Nagano nos instruiu em ir até Shirakawa-go, depois, Takayama e Finalmente chegaríamos lá. Tudo errado! A bichinha realmente não sabia como deveríamos fazer. Pegamos o ônibus, com o mesmo motorista do dia anterior, e seguimos. Eu estava bem animado porque passaria por Shirakawa. A estrada era linda, cheia de neve. Só senti sono, mas queria muito ver o caminho todo.

Descemos em Shirakawa, tomei logo um café Boss, e depois ficamos pensando o que fazer com as malas, ainda demoraria 40 minutos para o próximo ônibus. Achamos um centro turístico, havia local para guardar as malas. Atravessamos uma ponte bamba e chegamos na cidadezinha. Bem maior que Ainokura e mais estruturada para o turismo. Avistamos uns turistas que eram provavelmente do sudeste asiático. Achei interessante, porque o estilo deles me lembravam muito o povo latino americano, embora sejam de culturas de origem bem diferente, apesar da colonização na Indonésia. Somos todos iguais, o que nos diferencia é o que há no bolso.

A ponte balançante de Shirakawa go
A ponte balançante de Shirakawa go
Eu na ponte
Eu na ponte
Casa em Shirakawa-go
Casa em Shirakawa-go
Rua de Shirakawa-go
Rua de Shirakawa-go

Não vimos muito e fomos embora. Mas o caminho era mais longo.  Já havíamos passado uma hora no ônibus de Ainokura até aqui, até Takayama 1h30, e depois ainda havia Matsumoto e finalmente Nagano.

Sentamos no ônibus e só deu sono. Coloquei um filme na máquina, tirei uma foto e esperei um novo momento. A paisagem há todo momento era de tirar o fôlego, coisa de filme. Me senti nos alpes europeus, mas melhor ainda, no Japão. Montanhas altas, pinheiros, rios, neve, grandes represas, tuneis e uma estrada muitíssimo sinuosa e perigosa. não tirei nenhuma foto, não quis perder o tempo de olhar e contemplar. Não dormi, apenas assisti, como quem assiste uma TV.

A primeira foto do filme
A primeira foto do filme

Em Takayama não nos deu tempo de nada, não saímos da rodoviária, tomamos uma Pepsi e subimos no ônibus. Desta vez um pouco mal humorados, pois as passagens não estavam sendo baratas. Mais belas vistas e pistas de ski. enfim Matsumoto, uma cidade grande  e não tão turística, já havia bem menos gelo. Depois de mais um tempo, finalmente Nagano, e então descobrimos que precisávamos pegar ainda um trem local para chegar a nosso Ryokan em Yamanouchi, de onde partiríamos para o parque Jigokudani onde se observa os macacos se banhando no onsen, que já é outra história.

No final, percebemos que de Ainokura deveríamos ter regressado à Toyama, e de trem chegar a Nagano. Nos sairia mais rápido e barato já que tinhamos o JRPass, no entanto perderíamos a bela vista da estrada, as pequenas cidades do interior, Shirakawa-go e a experiência da viagem por estrada.

Alpes Japoneses

Foi como sentir-se ali, dentro daquele momento, não existia passado, nem futuro, só o presente. Esta foi minha sensação neste vilarejo incrível.

Saímos de Quioto bastante cedo, umas 6 da manhã, pegamos nosso trem bala para Toyama, e deveríamos descer em Takaoka, infelizmente nos confundimos com os nomes parecidos e descemos em Toyama, perdendo um tempão para voltar à Takaoka para pegar o ônibus em direção à Ainokura.

O caminho de trem foi lindo, muita neve desde a saída de Quioto, muitas montanhas e vilarejos. Foi uma viagem dentro da viagem, já que sem querer fui levado à uma reflexão sobre o momento de vida, e tantas outras coisas. Olhava pequenas casas e pensava, quem será que mora ali? O que fazem as pessoas? Que horas acordam? Como é a rotina? Meu sonho seria pertencer àquele lugar, nem que fosse só um pouco.

Voltando à viagem, descemos em Ainokuraguchi, tínhamos que caminhar até ao vilarejo por 5 minutos. Vimos muita neve, e tivemos medo de sentir muito frio. No entanto estava um clima muito bom, graças à falta de vento.

Alugamos quarto em uma casa num dos Gassho Zukkuri de lá, que são casas enormes com um telhado bem alto de palha em forma de mãos unidas em prece budista. A nossa casa era a Choyomon, reservamos pelo mesmo site do link, já que outros estavam mais caros.

Nossa casa Choyomon. A  estrutura de plástico em volta é para protege-la da neve.
Nossa casa Choyomon. A estrutura de plástico em volta é para protegê-la da neve.

  

No Brasil ainda, descobri pelo instagram, um vilarejo chamado Shirakawa-go. Vi belas fotos de casas cobertas de neve e quis muito ir. Os preços, para o meu bolso eram exorbitantes, e encontramos Ainokura, embora muitíssimo menor (apenas 20 casas), mais barata.

Vista das montangas
Vista das montanhas

Fomos recebidos por Mayumi, que administrava a casa, éramos os únicos hóspedes. A casa era grande, havia uma sala comum com uma fogueira central e uma grande chaleira, tudo bem rústico. Todas as instalações eram muito confortáveis e nossa anfitriã muito solícita.

A chaleira sobre a "fogueira"
A chaleira sobre a “fogueira”
Fomos recepcionados com chá e biscoitos
Fomos recepcionados com chá e biscoitos

Passeamos pala cidade que estava totalmente coberta por montanhas de neve com mais de dois metros. Fomos a um mirante, brincamos muito com a neve, nos divertimos muito. Estávamos sós, não haviam outros turistas, sentíamos o silencia, a natureza e a calma, e então me senti naquele momento presente, sensação difícil de vivenciar em nossas vidas corridas.

Vista da cidade
Vista da cidade
Neve acumulada mais alta que nós em alguns pontos.
Neve acumulada mais alta que nós em alguns pontos.
Muita neve
Muita neve

Das 20 casas, duas são museus, visitamos um deles, principalmente para aquecer nossos pés, que mesmo com as botas emprestadas por Mayumi não estavam dando conta do frio. O museu é mais Gassho, você pode conhecer como eles são construídos, que objetos se utilizam, como se construiu a história do local e como é cada cômodo da casa. Tudo em japonês! Na entrada, uma senhora cobra a entrada e só fala japonês. Logo depois que entramos ela veio nos guiar pela casa. Entendemos muito pouco, mas ela insistia em explicar tudo sendo muito simpática, nos mostrando objetos e como são utilizados. Tocou um instrumento local e cantou para nós, nos levou ao sótão por uma escada de madeira, depois desceu com muito mais agilidade que nós dois rapazes jovens. No fim nos trouxe um grande aquecedor, ligou um vídeo contando a história da região, deixando-nos à vontade.

Vista da cidade
Vista da cidade
Dentro do museu
Dentro do museu

Do museu fomos andar pela pequena cidade, subimos pelos morros de neve, observamos as casas e o silêncio da cidade, por fim, visitamos uma pequena loja/mercadinho/restaurante, compramos uns biscoitos, pequenos souvenirs e voltamos para casa.

Boneco de neve miniatura que fizemos
Boneco de neve miniatura que fizemos

Para um baladeiro, a cidade é muito chata, porque não há de forma algum, nenhuma agito e nem esportes radicais. A cidade possui 20 casas, sendo duas museus. Há regras, não se pode fumar em nenhum local, nem deixar as casas após 16hs, para manter a ordem e a paz do local. É um local mais para a contemplação, com ares românticos, um local pra descansar e conhecer um pouco do Japão do interior, sem tanta tecnologia e vida agitada, uma região mais tradicional, raízes culturais do local.

Nosso jantar foi magnífico, comemos um peixe da região assado, sashimi de truta, arroz e outras coisas bem gostosas, conversamos um pouco com Mayumi, que estava bem interessada sobre o Brasil, falamos de algumas diferenças alimentares, ela ficava sempre bastante surpresa. Perguntamos como iríamos dali para Nagano, ela meio confusa nos explicou que deveríamos ir a Shirakawa-go, de lá para Takayama e enfim Nagano, nos disse que teríamos que ir bem cedo. Perguntamos também como ir para Tóquio, ela ficou bastante confusa e assustada, sem saber como nos guiar, disse que era melhor voltarmos a Takaoka e de lá seguir para Tóquio. Resolvemos ir pra Nagano, reservei online um hotel legal. Depois tomamos um banho de ofurô e fomos dormir bem aquecidos.

O jantar
O jantar
Nossos peixinho na brasa
Nossos peixinho na brasa

No dia seguinte, tomamos café da manhã, com muito chá e arroz. Mayumi nos levou de carro ao ponto de ônibus para irmos em direção a Nagano. Ficamos muito agradecidos com a hospitalidade e generosidade de nossa anfitriã.

 

Quioto e o templo de ouro Kinkakuji

Depois de passear por templo, ver neve, minhas fotos reveladas, já estava bem adaptado ao Japão. Meu corpo aceitava muito bem a comida e minha mente a sociedade japonesa, aparentemente tão justa e igualitária.
Na metade das férias nos encontramos em Quioto, cidade que já foi capital do Japão. O que havia pra ser visto? Templos. E aqui pretendia também andar de bicicleta.

Nossa hospedagem também foi albergue, eu mesmo reservei, K’s backpackers house, tinha mais cara de hotel, haviam muitos estrangeiros, muita gente branca, alta e loira, tinha muito oriental também, mas não japonês.

No primeiro dia queríamos ir ao templo dourado, compramos um cartão de ônibus que valia pelo dia todo para todos os ônibus, foi ¥500. Buscamos no Google e encontramos um ônibus das redondezas do Hostel para lá. Grande erro! Deveríamos ter perguntado na recepção do hostel, mas já estávamos na rua e ficamos com preguiça de ter que tirar os sapatos entrar lá pra perguntar. Acabou que o ônibus deu uma volta quase que pela cidade toda pra chegar a este Templo, e perdemos um tempão.

Chegando lá enfim, pagamos os ¥400 pra entrar. Vi uma vending Machine de câmera descartável, não hesitei e comprei a minha. 27 poses.
Assim que entramos, lá estava o templo, um lago à frente, com algumas ilhinhas e árvores, muito bem cuidado e agradável, não fosse a infinidade de turistas, daria vontade de ficar ali só contemplando o belo Kinkakuji todo folheado a ouro. Não era grande, alguns imaginam gigantesco, mas era muito belo.

Templo de ouro - Kinkaku Ji - logo na entrada
Templo de ouro – Kinkaku Ji – logo na entrada
Pavilhão dourado
Pavilhão dourado

Umas senhoras japonesas nos perguntaram de onde éramos em japonês, muito interessadas e simpáticas. Nós também estávamos bem interessados por interagir com locais. Respondemos bem simpaticamente. Uma deles se impressionou. Depois houve uma pausa. Nós sem saber o que dizer, ou esperando que elas dissessem algo mais, ela nos olhando, até que a líder nos solta em português, “eu sou testemunha de Jeová“, e eu, “ah, ok“, nos despedimos e ela, “leia a Bíblia“. Sorrimos simpaticamente. Achei engraçado uma testemunha de Jeová visitando um templo budista, talvez japoneses lidem de forma diferente com religião. Uma não é contra a outra, nem um deus é mais verdadeiro que outro, enfim, não entrarei na discussão.

Passeio pelo parque atrás do templo.
Passeio pelo parque atrás do templo.
Altar
Altar
Fazendo sua oferenda
Fazendo sua oferenda

Por trás do templo ha um parque, lindo, rende belas fotos. Há lojinhas e comidas. Vimos muita gente com roupas tradicionais, moças com quimono, remetendo a um Japão antigo e conservador, exceto por um detalhe, a maioria carregava o pau da selfie. Acho que era na verdade um evento diferente para elas mesmas e precisavam registrar. Ou só a mania japonesa de tirar fotos mesmo. Mas como no Japão tudo é belo, o pau da selfie na mão delas não era nada cafuçu, mas sim elegante, contrastando o tradicional com o moderno.

"Pau da selfie sem cafuçagem"
“Pau da selfie sem cafuçagem”

Cidade sagrada de Nara

Saindo do Templo no Monte Koya estava uma neve linda e gostosa, esperamos o ônibus que nos levou ao caminho de volta à Osaka. Descemos pelo cable car. Na estação tomamos um café, um chocolate, tiramos fotos e depois pegamos o trem até a estação Hashimoto, onde de uma hora para outra decidimos ir para Nara. Pegamos um trem da JR que levaria 2 horas, não pensamos direito e fomos mesmo assim. Achei que não chegaríamos nunca! Era um trem local, parava em todo lugar. Encheu de estudantes adolescentes, bonitos com aqueles uniformes tradicionais, bem vestidos e bem alinhados.
Chegando à Nara, fomos até o balcão de informações para saber onde ir e o que ver, mal nos aproximamos e uma senhora, a atendente, já se levantou com um mapa nos dizendo onde ir, quanto tempo de caminhada levaríamos, onde poderíamos comer, o que veríamos em cada local e custos de entradas no templo. Me lembrei muito uma vez no aeroporto do Galeão quando perguntei a uma moça no balcão de informações onde estariam os guarda-volumes, e ela, com muita simpatia, por eu ter interrompido sua conversa com a amiga, me indicou o caminho.

Almoçamos comida italiana, numa rede famosa no Japão, Saizeriya. Foi a primeira vez que comemos comida ocidental com garfo e faca no Japão. Notamos a falta de sal, mas estava saboroso, além disso o refrigerante era à vontade, experimentei de todos os sabores e ganhei mais calorias.

Ao chegarmos no parque dos templos, encontramos de cara os cervos soltos pela rua. Assim como em Miyajima, eles andam livres, porém aqui estão em muito mais número. Deve-se ter cuidado, eles buscam comida a todo momento, vimos gente correndo de seus ataques e jovens gritando com medo. Há placas pela cidade pedindo cuidado, pois eles podem atacar, dar coice, chute, mordida e cabeçada. É bom só tirar algumas fotos e deixá-los no canto deles. Algumas barraquinha vendem comida para dar-lhes, muita gente faz isso, eu resolvi nem arriscar.

Pagoda logo no início do parque dos templos.
Pagoda logo no início do parque dos templos.
Um local interagindo com os cervos. Ele move a cabeça de baixo pra cima, os cervos fazem o mesmo, e em seguida lhes dá biscoito. Parece uma boa técnica.
Um local interagindo com os cervos. Ele move a cabeça de baixo pra cima, os cervos fazem o mesmo, e em seguida lhes dá biscoito. Parece uma boa técnica.
Os cervos comem de tudo, mastigam até correntes.
Os cervos comem de tudo, mastigam até correntes.

Os templos de Nara são belos. Mas o que mais me chamou a atenção foi o Todaiji, pois seu tamanho é gigantesco e dentro dele há uma estátua enorme de um Buda. Lá também há um tronco grosso com um buraco onde você pode fazer um pedido e passar por ele. Muita gente pagou mico e passou, mais uma vez não me arrisquei, me imaginei entalado ali pelo resto da vida como atração turística da cidade. Comprei algumas lembrancinhas e partimos.

O grande templo Todaiji
O grande templo Todaiji
Buda gigante
Buda gigante

Ainda tínhamos que ir a Osaka, eu tinha deixado uns filmes pra revelar na Yodobashi e tinha que buscá-los. Foto analógica é o meu hobby, e no Brasil isso está morto, tenho que aproveitar Minhas viagens para revelar filmes. Como antigamente, é sempre uma surpresa, já que nem todas as fotos ficam boas.

Eu tenho uma Diana mini da lomography, ano passado me apaixonei pelas fotos que ela produzia, pela magia de tirar uma foto e as cores se mostrarem diferente das fotos digitais, fora a surpresa de uma imagem sair diferente do que você imaginou. De um tempo pra cá a câmera deu problema e as fotos começaram a sair sobrepostas, todas, sem exceção e aí perdi o gosto pela lomografia. Agora utilizo uma Pentax K1000, e as fotos têm ficado muito legais.

Ao buscar os filmes revelados, a atendente não sabia inglês e teve dificuldades para dizer que alguns filmes tinham tido problemas. Como já imaginava alguns problemas com aqueles filmes que entreguei, eu havia compreendido o que a moça queria dizer, mas também não consegui dizer isso a ela, nem ela entendeu. Vimos que ela foi ao computador e voltou com uma frase anotada num papel, ela havia traduzido, mesmo assim não estava muito claro. Ela correu no meio da loja, que é muito grande, e nos trouxe uma moça que falava inglês perfeitamente. Nos explicou todo o problema, que em alguns filmes as fotos estavam sobrepostas, e não foi possível escanêa-los, e que um outro precisava de um processo químico que só ficaria pronto para mais de uma semana daquela data. Eram justamente os filmes que eu havia utilizado na câmera lomográfica.

A câmera Diana é muito frágil, assim como outras da lomography e não são baratas, para não cair num consumismo desnecessário, resolvi desistir dela, e usar métodos mais tradicionais. O Japão é um paraíso analógico, infelizmente não tive dinheiro para aproveitar disso, pois quis aproveitar pra passear, comer e luxar o que podia neste país. Fica pra próxima!

Uma noite no Templo

Uma das maiores experiências nesta viagem foi passar a noite em um templo. Procurando pela internet encontrei vários em um local chamado Monte Koya ou Koyasan. Descobri que era um local de peregrinação japonês e por isso havia tantos templos. Para reservar encontrei um site que reservava todos as hospedagens tradicionalmente japonesas, mas então consegui encontrar o site do próprio templo, o que foi melhor, pois encontrei um preço mais barato.


Para chegar a Koyasan tivemos que pegar um metrô até uma cidade distante, depois pegamos outro trem até o cable car que nos deixava na parada do ônibus para o destino final. Foram cerca de 2h de trajeto.


No cable car já começamos a ver gelo pelo chão, fiquei super feliz porque queria muito ver neve nessa viagem, a cidade estava coberta de branco. Outra paisagem para nossas vistas.

Neve pela cidade
Neve pela cidade


Chegamos ao templo, um monge nos atendeu, não falava inglês. Nos pediu para tirar nosso calçados e nos levou à recepção. Um outro monge falava inglês e nos mostrou todo o templo e nosso quarto. Era enorme e tipicamente japonês, com tatame de palha, e decoração japonesa. Nos levou a uma mesinha no quarto e nos serviu chá e biscoitos, percebemos que a mesa era aquecida em baixo, e que devíamos nos cobrir com um edredom grudado a ela. Era ótimo, já que estava muito frio.

Templo Muryokoin
Templo Muryokoin
Nosso calçado dentro do templo
Nosso calçado dentro do templo
Mesinha aquecida por baixo
Mesinha aquecida por baixo

Logo em seguida chegou outro monge, um menino de uns 13 ou 14 anos. Os dois começaram a espalhar nossos futons e cobertores. Ficamos quietos só observando, não sabíamos como nos comportar, já que estávamos dentro de um templo com monges. Eles sempre agradeciam, todo o momento dizia: thank you very much.


Ficamos a sós, fotografamos um pouco e fomos andar. Vimos o templo e saímos pela cidade. Havia começado a nevar e então foi um cenário perfeito para mais fotos. Fomos à entrada de vários outros templos, caminhamos pela neve, fizemos bolinhas, tacamos um no outro, e então nosso pé começou a ficar gelado-insuportável. Com muita sorte encontramos uma loja enorme de souvenirs, os preços eram exorbitantes, mas passamos um tempão enrolando até nossos pés se aquecerem. Cheguei a comprar um livro sobre a história de Sidarta Gautama em japonês pra tentar aprender mais um pouco.

Orelhão simpático no templo
Orelhão simpático no templo
Um buda bem à vontade
Um buda bem à vontade


Como o jantar e o café seriam vegetarianos e nós não seguimos tal filosofia alimentar, fomos a um mercadinho comprar umas coisinhas para comer. Biscoitos, bolos e suco.

Outro templo
Outro templo


De volta ao templo, os monges estavam em algum ritual, entoando talvez um mantra juntos, eu não entendia nada, parecia só ionienoinnain…. No quarto percebemos que tinha um par de yucatas, ou quimonos para vestirmos, colocamos os dois para nos sentir mais locais. Logo chegou o jantar, como eu disse vegetariano, mas não vegetariano saladinha, fruta, legumes cozidos, essas coisas que conhecemos e comemos normalmente. Eram diversos igredientes leguminosos com sabores mais azedos e ácidos. Sinceramente não eram bons, o arroz pra mim era como o tira gosto. Mas valeu muito conhecer e experimentar. O café da manhã foi no mesmo nível.

Jantando com o devido traje para a ocasião.
Jantando com o devido traje para a ocasião.


Finalmente testamos nosso primeiro banho japonês. Tomamos banho com a ducha sentados em um banquinho e depois entramos no onsen à 45 graus. Era muito quente, nos deu coceira de início. O corpo logo fica pesado e mole, ainda saí uma vez para tomar uma ducha mais fria e me refrescar. Foi uma ótima experiência e saímos muito relaxados.

Como lavar as mãos?
Como lavar as mãos?
Banheiro típico
Banheiro típico
Onde tomar banho
Onde tomar banho
Onsen
Onsen

No dia seguinte poderíamos participar da cerimônia religiosa, era às 6 da manhã. Levantei-me, mas percebi que eu era o único hóspede por ali, fiquei tímido e voltei a dormir. Escrevi uma oração em uma plaquinha de madeira, que seria queimada depois e entreguei na recepção.

Sino que foi badalado às 6 hs da manhã
Sino que foi badalado às 6 hs da manhã

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Fomos embora sob muita neve. Um dos monges nos ofereceu um plástico fazendo gesto para botar no bolso. Era uma bolsinha que deixava o bolso quente para esquentar as mãos. Ótima invenção para o frio. Partimos de lá muito satisfeitos.

Estação de trem sob a neve em Koyasan
Estação de trem sob a neve em Koyasan

Osaka

Apesar de já ter ido a um Aquário anteriormente, quis muito ir a este em Osaka, o Kaiyukan. Um aquário é como um zoológico, vale a pena ir várias vezes. Reservei uma manhã, convenci o pessoal e fomos. A estrutura era gigante. Vimos peixes de várias regiões do mundo, focas e golfinhos, animais costeiros, pinguim se outros seres das águas que não sei a classificação biológica.

Várias espécies de pinguins
Várias espécies de pinguins
Na paz do aquário
Na paz do aquário

O que gosto em aquário é a sensação de paz e tranquilidade que eles trazem. Uma música relaxante, um ambiente com pouca luz, o movimento da água e os peixes em seu ritmo sincrônico, lento e rítmico. Passaria horas só observando cada aquário. Os que mais me chamaram a atenção foram as focas, pingüins, o tubarão baleia, e uns peixes azuis brilhantes da barreira de corais.

Peixes da barreira de corais
Peixes da barreira de corais
Logo após o aquário, uma comidinha
Logo após o aquário, uma comidoEste

De lá fomos à Umeda skybuilding, saímos do metrô, e depois de nos perdermos nos subterrâneos comerciais, um japonês perguntou se queríamos ajuda, claro que sim. Ele nos levou por uns 500 metros para nos indicar onde era o prédio, estava quase correndo e no final disse que estava com horário para pegar seu trem. Quase entregávamos uma flor em suas mãos em forma de agradecimento, pena que não tínhamos.
Chegamos ao prédio, são duas torres com uma ligação no topo de onde veríamos Osaka do alto. Achamos o elevador, entramos, era todo pretinho, escuro como muitos, mas poucos segundos após a subida vimos que era panorâmico, no meio do prédio e ia quase até o topo, tomei um susto, fiquei sem ar por alguns minutos. Depois pegamos uma escada rolante que cruza de uma torre à outra, também panorâmica e lá compramos o ticket de entrada, ¥630 já com desconto com um cartão que compramos pro metrô + aquário. A vista era linda, o frio não nos deixou aproveitar tanto, demos uma volta e descemos ao andar de baixo onde também se pode apreciar a vista.

No topo do Umeda Sky Building
No topo do Umeda Sky Building

Na mesma região havia uma loja de fotos onde queria ir para revelar uns filmes, perdemos tempo para achá-la e ainda não era lá onde eu poderia encontrar o serviço, o atendente nos direcionou a outro local, a famosa Yodobashi, e lá fomos nós.
Já eram umas 19hs, Wendel e eu resolvemos ir ao castelo de Osaka. Lindo local. Era um parque enorme, muito frio, algumas pessoas estavam praticando cooper e passeando, o castelo ficava quase ao centro. Caminhamos muuuito, haviam espaços abertos e escuros, silenciosos e sem ninguém, no Brasil jamais andaríamos num local como este. Chegamos ao castelo e nos admiramos. Tiramos várias fotos, sentamos um pouco, e aí aparece uma figura estranha, um ser andrógino vestido de preto observando o castelo, não era japonês, apelidamos de o corvo. Ficamos um pouco assustado, pois era noite em um ambiente quieto, sem ninguém e em seguida nos aparecia uma figura estranha. Saímos de lá e o corvo ainda nos acompanhou quase até o metrô, depois não o vimos mais. Nós nos perdemos para achar a estação, não havia ninguém para explicar e não conseguimos entender as placas, eu já estava morto de tanto ir e vir, já sem paciência para tirar fotos ou fazer qualquer outra coisa, e ainda queria comer. No final quando já estávamos no trem, quem estava lá? O corvo sentado do outro lado. Era uma moça, aliás muito bonita e simpática. O apelido foi mais brincadeira nossa por andar no escuro e no esquisito.
Descemos próximoà Dotonbori, queríamos comer um carangueijo gigante de Osaka, mas já estava tarde e tudo fechando. Não encontramos nenhum restaurante legal, inclusive legal para o bolso, e aí fomos comer hambúrguer numa rede de fast food chamada Lotteria. Comi hambúrguer de camarão. Aliás, foi um sacrifício fazer o pedido, o atendente não fala inglês e nem serviu outras coisas que queria.

Cheguei ao albergue simplesmente desencarnado, deitei e dormi.

Vídeo Games e Drinks

Antes de ir a Osaka, nas minhas pesquisas encontrei um bar onde se pode jogar vídeo game enquanto bebe. O nome do local era Space Station e estava na mesma rua que nosso albergue.

Após o sushi, saímos a procurar este bar, fui lendo os letreiros e tentando entender o que conseguia em japonês com meu pequeno aprendizado e li um que dizia mandarake, na verdade Mandrake, uma loja de mangás. Era enorme e tinha de todos os estilos, mas somente em língua japonesa. Nunca fui de ler mangá, na verdade nunca li nenhum. Entramos porque as meninas queriam comprar coisas do Kanjani e sabiam que lá encontrariam. Acabei comprando uns mangás só de souvenir e para tentar aprender japonês (crentz), saiu tudo por cerca de ¥4000, dois mangázinhos apenas, mas tem outros muito mais baratos.

Enfim encontramos o bar. Éramos os primeiros clientes numa quarta feira, o dono era americano de Massachussets, a bebida custava ¥500, tomamos muitos drinks e jogamos muito Mario kart. Também joguei Mortal Kombat, Street Fighter e vários jogos de Atari. Haviam outros videogames de várias épocas e com muitos jogos. Foi ótimo e divertido. Socializamos com japoneses, bebemos e relaxamos. O dono e a garçonete (talvez companheiros) foram muito atenciosos e gentis. Os japas com quem interagimos eram todos muito curiosos. Os rapazes queriam muito falar inglês, nos chamaram para ir a uma balada por ali perto. A entrada era ¥2000, ficamos tentados a ir já com algumas cervejas e drinks na cabeça, mas fomos racionais, pois gastaríamos mais e no outro dia queríamos conhecer melhor a cidade, e com baladinha provavelmente não acordaríamos cedo. Confesso que fiquei curioso para ver como era a balada japonesa. Algumas garotas vieram jogar conosco também, era muito engraçadas, riam muito, e gargalhavam alto com voz estridente. Nos divertimos bastante. I extremely recommend this bar.

Bons drinques
Bons drinques
Jogando Mario Kart
Jogando Mario Kart