Preto e Branco 35mm em Colonia del Sacramento

Munido com minha Pentax K1000, fiel companheira, desci na terminal de buses da cidade de Colónia del Sacramento e iniciei minha experiência fotográfica do dia.

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Uma das primeiras visões foram as ruas quietas, quase desertas, com suas árvores sem folhas, bem iluminadas por um sol de inverno.

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Ao pensar em Uruguai, me vem à cabeça um país livre ideologicamente, à frente no mundo.  Este quadro em frente a um estabelecimento comercial me chamou a atenção, além disso gostei da sombra no momento e pensei que faria uma foto legal.

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Mais adiante na parte mais histórica encontro cafés e restaurantes no meio da rua mesmo.

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Aí, de repente uma máquina de costura te serve de mesa de bar.

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A famosa Galeria de los suspiros. Sua parede rosada aparece pálida em preto e branco.

Farol

De repente o farol

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As ruínas de uma antiga construção e o firme  farol, ponto de visita. É possível subir e admirar a cidade do alto.

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Carros antigos são, certamente, uma grande atração da cidade que realmente parece ter parado no tempo.

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Finalmente o rio, embora não se possa perdê-lo de vista na visita pela cidade.

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Barcos atracados

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A caminhada terminou à beira do rio, onde desci, me aventurei sobre as pedras para poder tocar em suas águas. Fazia frio com sol,  a água gelada e aparentemente limpa. O céu levemente nublado e as águas turvas aumentavam a sensação de cinza neste horário, tornando o rio realmente prata.

 

Colonia del Sacramento – Bate e Volta

Colonia é passagem obrigatória quando se visita o Uruguai. Fundada por portugueses logo passou para o domínio espanhol, com história marcante vale muitíssimo à pena visitá-la e perceber na arquitetura como a história continua presente no local.

Desde Tres Cruces peguei o ônibus para Colonia em uma viagem de cerca de 2 horas. Na chegada fui caminhando até o centro histórico da pequena cidade. Armado com meu celular e câmera analógica fui tirando fotos e apreciando a vista.

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Entrada do antigo forte

A cidade é bem pequena e muito charmosa. Muito bela e atraente. As ruas de pedras remontam ao longo passado, e é bem preservado.

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Galeria de los suspiros

A famosa Galeria de los suspiros atrai muita gente para tirar fotos,  a entrada é livre e há exposição de artes dentro.

Muita gente lembra de Paraty quando visita Colónia, mas na minha opinião são bem diferentes. Talvez o que lembre é o ar colonial, e estar à beira d’água.

Logo após a entrada do forte, se vê a galeria de los suspiros. de longe se avista este farol, por 20 pesos (se não me engano) é possível subir pra ver a cidade. Fiquei com preguiça de subir as escadas e fiquei só embaixo ouvindo os brasileiros pra lá e pra cá.IMG_9735

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Famoso farol

Andando mais um pouco cheguei à beira do rio da Prata, passei tanto tempo na cidade que quase cheguei ao por do sol, mas demorou muito e resolvi não esperar.

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Vista à beira do rio da Prata

Encontrei um pier e de lá se vê o rio e outras áreas da cidade. Pode-se sentar e passar um tempinho ali bem tranquilo no clima de inverno como o que estava no dia.

 

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Chivito com Paso de los toros

Comi um chivito com um refrigerante local de pomelo, que sempre adorei. Quase morri com o sanduíche, pois era muita comida.

Tirei algumas fotos, rodei pela cidade, me encantei com suas ruas, arquitetura e gente. Vale muito à pena a visita.

De bici em Montevidéu 

Como de costume pelas cidades que visito, aluguei uma bicicleta para conhecer melhor alguns locais e sentir a cidade mais de perto.

Como nada estava barato em MVD, o aluguel saiu por 500 pesos uruguaios, eu ainda estava sem ideia de quanto isto valia, eram cerca de R$ 50. 

Comecei pelo próprio bairro que estava (Barrio Sur) e desci para a praia ou melhor para a Rambla. Não havia ciclofaixa, mas os carros me respeitavam bem, davam a vez e mantinham distância.

  Playa Ramirez

 A calçada pela Rambla era ampla, pedalei sem preocupações. Fui até o parque Rodó, com seu belo lago e relativa arquitetura atraente. Vi pessoas passeando com seus cães. Tirei umas fotos e parti. 

Continuei beirando o rio da Prata até o farol de Punta Carreras. Encontrava-se distante da avenida e se não estivesse eu numa bike, jamais teria caminhado até lá. Experimentei um pouco da paz e paisagem. Observei os pescadores e admirei a cidade.

  Pausa na Rambla Presidenre Wilson para descansar e tirar umas fotos. O monumento me intrigou, não sei o que é. Poderia ser indígena, mas como o Uruguai dizimou a população nativa, não creio que  o seja.
  Faro de Punta Carretas 

Segui até Pocitos, outra localidade de Montevidéu, mais chique e moderna, lá é onde se encontra o letreiro colorido com o nome da cidade. Estava morto de fome, mas não encontrei local para prender a bicicleta. Então continuei pela avenida Brasil, pois queria chegar ao estádio Centenário, palco da primeira Copa do Mundo. Não que eu seja fã, mas quis conhecer. 

Tive dificuldade para chegar até lá pois o caminho era uma ladeira e me perdi nas entradas e saídas, além de que havia muito movimento de veículos . Chegando ao local, dei uma volta e parei para descansar. O estádio não tem nada de mais, porém o ambiente é gostoso e ainda havia um monumento legal sobre imigração.

Encontrei um restaurante legalzinho, bem local, prendi a bike numa barra de metal e fui almoçar. 

Finalmente foi uma refeição menos cara, 180 pesos e bem farta.

  Esperando o rango

Ainda havia muito mais a ser visto, porém estava me cansando demais, minhas pernas estavam doendo. Pedalei pelos bairros, fui até o centro e próximo ao por do sol devolvi a bike. 

Walking Tour Montevideo

Assim que deixei as malas no hostel segui para a Plaza Independencia para encontrar o grupo do passeio.

Parei em um café, pois ainda daria tempo, comi duas medias lunas, una tostada e um cortado. Me saiu 190 pesos, estava confuso com conversões, achei que era barato, mas logo me dei conta que eram cerca de 20 reais. Nunca no Brasil eu gastaria tal valor.

Caminhei e fui apreciando a cidade. Arquitetura de prédios baixos e cinzas, estilo europeu que lembra Buenos Aires, Madrid e levemente Paris, mostrando que em algum momento a cidade já ostentou riquezas. 

O passeio, como Walking Tours costumam ser, foi extremamente enriquecedor. Recomendo muitíssimo encontrar a galera na Plaza Independencia às 11:00 para o passeio

Nos mostraram os principais pontos e suas curiosidades. O prédio da divina comédia, o palácio presidencial, monumento a Artigas, patrono da independência do país.

  

Monumento à Artigas e Palavio Salvo ao fundo 

Logo seguimos ao Portão de entrada da cidade velha. Fomos ao Teatro Solís, à Rambla que é a orla do rio da Prata, visitamos a catedral, praças e prédios de valor histórico. Conhecemos as teorias para o nome da cidade, falamos de crise, Mujica, legalização da maconha, governo socialista e na transformação do Uruguai nos últimos tempos, com muita sorte acompanhado de um mate uruguaio preparado por um hermano argentino que nos acompanhava. 

Terminamos no mercado, onde entregamos nossa gorjeta à guia. Deixei 200 pesos, poderia ter deixado mais, porém estava sem noção de valores ainda. 

Não estava a fim de comer por ali, precisava fazer o cambio. Tentei fazer algumas amizades, mas estava um pouco cansado e desinteressado no momento. 

   
A entrada para a cidade antiga

 
Chafariz da praça da catedral. O Wi-Fi é grátis em todas as praças da cidade. Chora jampa digital!

Foi certamente um passeio delicioso. Gosto sempre deste contato com pessoas locais que te ensinem sobre o lugar. No futuro aproveitarei mais do couch surfing e enriquecer minha experiência. 

De ônibus para Montevidéu

Como estava em Porto Alegre, pensei que poderia visitar o Uruguai. Comprei a passagem e saí numa segunda à noite. Todas as passagens são para a noite. Fui pela empresa TTL, saímos às 20:00. Deve-se chegar 30 minutos antes para deixarmos o documento, sendo RG ou passaporte, pois um funcionário da empresa faria nossa imigração.

Resolvi comprar assento no corredor por mais espaço para esticar minhas pernas e levantar-me quando quisesse. Do meu lado foi um garoto uruguaio, muito interessado em praticar seu português.

O ônibus era confortável, havia bastante espaço, o banco reclinava o suficiente e os pés ficavam bem acomodados. Não sei se todos os ônibus são iguais. Eu estava faminto e com sede, comprei duas garrafinhas d’água antes de entrar, mas havia água no bus, além de serviço de bordo com janta.

O trajeto era de cerca de doze horas, dependendo do tempo perdido na fronteira com a imigração. A viagem foi muitíssimo confortável, dormi muito bem, não senti frio. Vi algumas pessoas cobertas, não sei se devia pedir cobertor, mas minha jaqueta resolveu. De manhã nos serviram o café, e nos devolveram os documentos. Chegamos à Montevidéu um pouco antes das 8 da manhã, faziam 6 graus. O terminal Tres Cruces era limpo e organizado, fora das plataformas era um shopping pequeno. Troquei parte de meu dinheiro ali mesmo. R$ 1,00 = UYU 8 e US$ 1,00 = UYU 26.  Fora do terminal rodoviário os preços eram melhores.