Montevidéu em preto e branco 35 mm parte II 

Continuando com minhas fotos analógicas em preto e branco por Montevidéu:

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Caminhando pela Rambla à beira do rio da Prata
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Até hoje estou curioso para saber o que significa esse conjunto de torres de pedras
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A famosa fonte dos cadeados e uma transeunte uruguaia em seu fone contemplando o emaranhado de metais e o movimento da água.
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Tentando dar mais poesia ao emaranhado de metal.
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Uma longa caminhada me levou a este local repleto de pescadores, logo ao lado do porto.
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Parada para o almoço. Baby beef com batatas. Peça sempre bem passado.
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Depois que tirei esta foto, o dono do caminhão me olhou feio. Fingi nem perceber.
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Farol em Punta Carretas. O céu estava bem azul.
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Passeando de bike. Alguma luz entrou na câmera e deu este efeito.
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Milton sub exposta no hostel.

Muito bom registrar e relembrar os locais, o que vi e vivenciei, fotografar sem fotômetro, tentando fazer uma média entre velocidade e abertura numa iluminação que eu não estava acostumado, já que era inverno, e o sol – óbvio – brilha diferente de João Pessoa. No fim, o massa é após revelar constatar o resultado, não só de tirar a foto, mas de processar o filme com as próprias mãos sem muita prática. Só posso agradecer os envolvidos.

Ukelele Hostel Montevidéu 

Procurar hostel nem sempre é fácil. Pela internet, apesar de muita informação o final pode ser uma surpresa. Difícil combinar conforto X preço X localização. Reservei um pouco em cima da hora, mas peguei este que dos disponíveis parecia o melhor.

O Ukelele tinha um clima agradável, era um casarão antigo, limpo e arrumado. Claro que quartos nem sempre são um exemplo de limpeza, os hóspedes bangunçam muito, portanto é típico de hostel não ter limpeza impecável.

Haviam, se não me engano 4 banheiros, um deles era o melhor e ficava no primeiro andar. O chuveiro era sempre quente. 

Meu quarto era o último de cima, ficava ao lado da chaminé e de vez em quando o cheiro de fumaça entrava. No térreo havia uma sala de música com lareira, ótimo para relaxar e interagir. Havia um piano e outros instrumentos musicais. De vez em quando um sentava e tocava alguma obra clássica. Eu não sei nada de música só fazia apreciar.

Havia uma sala de TV, boa pra cochilar e carregar o cel. Ao lado um mini bar. 

Do lado de fora uma piscina, plantas e lenha para a lareira. Achei divertido pega-las e jogar no fogo. Ali também era a área de fumantes, para qualquer tipo de fumo.

A cozinha limpa e organizada, o café da manhã simples, mas uma salvação pela manhã. Muita gente se queixa de café da manhã de hostel por sua simplicidade, infelizmente na maioria destas hospedagens é isso mesmo, café, pão, margarina, o resto é prêmio.

A localização também foi boa, só está a algumas quadras da 18 de Julio, bairro tranquilo. 

O staff foi solicito e atencioso demais. Muito simpáticos. Certamente voltaria. Mas o melhor de tudo era Milton, uma gata preta novinha e espevitada que entrava dentro dos baús abaixo das camas e dava trabalho pra sair. Fazer-lhe carinho, só quando ela quisesse, do contrário levava um arranhão. Muito fofa. Apesar do nome masculino, era realmente fêmea, os donos só perceberam depois e resolveram deixar o mesmo nome. Achei moderno!

Uruguai 

Cheguei à Montevidéu numa manhã de terça feira, estava frio. Cheguei muito cedo e aproveitando que estava apenas com uma maleta de mão, resolvi ir à pé do terminal Tres Cruces até o hostel. O checkin seria apenas à tarde, eram 8 da manhã e a caminhada tomaria cerca de 30 minutos. Fiz o trajeto no Google maps (bendita tecnologia) e segui caminhando. 

Cheguei logo à avenida 18 de Julio, um eixo principal do centro. Enquanto seguia vi lojas se abrindo e as pessoas indo para o trabalho. Logo notei que, se não todos, mas 99,9% das pessoas carregavam consigo uma garrafa térmica e uma pequena cuia para o mate. A versão uruguaia do chimarrão. Por todos os lados, em qualquer local as pessoas caminhavam com estes acessórios. 

A arquitetura me lembrou Buenos Aires. Felizmente tudo era plano, embora o caminho fosse mais em descida. Notei que as ruas eram arborizadas, porém as árvores estavam secas devido ao inverno, e todas pareciam ser bordos (ou plátanos, ou maple).

Não tive medo de assalto, como estamos condicionados ao caminharmos em cidades no Brasil. 

Em cerca de 40 minutos cheguei ao hostel que se localizava no Barrio Sur. Ukelele Hostel. Fui muito bem recepcionado pelo atendente, o qual me mostrou todo o espaço do local, deu todas as instruções e foi muito amigável. Diferente da experiência que tive em POA. Deixei minha mala lá, peguei minha mochila, a câmera e os filmes e fui para o walking tour.

  Sala de música do Ukelelê Hostel, na cadeira estava Milton, a gata mascote do local

Resumão de Caxias

Meu maior propósito era visitar minha amiga, então não me preocupei muito com nenhum roteiro ou festa. 

Caxias fica na serra gaúcha e é uma cidade acidentada, muitas subidas e descidas. Estou desacostumado, já que João Pessoa não tem muitas alterações de terreno. As ruas são em geral retas e é fácil chegar aos locais.

Conheci de primeira a antiga estação de trens, bonitinha com alguns grafites de alto valor artístico.

   Grafite 
A​ estação 

De lá caminhamos mais distante até a catedral

   Catedral
 Praça em frente à catedral

Não sou muito religioso, mas entrei pra ver a arte. A praça é agradável, aparentemente segura. 

Seguimos pelo centro, fomos ao SESC comprar ingresso para a peça de Bukowiski. Depois paramos na igreja são Pelegrino de bela arquitetura externa. Me impressionou sua grande porta e também sua arquitetura interna, com pinturas mais modernas e muito expressivas. Sua arquitetura interna também me impressionou, ela é ampla e aproveita muito a luz externa.

   Porta
   Pietá
Depois, em uma longa caminhada chegamos à Casa de Pedra. Uma pequena construção que data do século 19 foi inicialmente residência, construída em pedra. Não é a única da cidade, mas a prefeitura tomou como patrimônio para lembrar a história do local. Fomos muito bem recebidos pela equipe que ali trabalha, o local é bonito, embora barulhento devido à avenida lateral.

   Parreiral e casa
 Pequena parte da cozinha da casa

Ali próximo está o local onde ocorre a festa da uva, há algumas atrações no local, mas sem carro decidimos não ir. Há uma grande imagem do Cristo do 3º milênio.

De uma cidade que parecia não ter nada, descobrimos muitas coisas. Sem mencionar que não fui aos parques, nem em outras atrações da cidade.

Um dia de chuva em POA

Tive pouco mais de 24 horas pra conhecer a cidade. Fiquei em moinhos de ventos, bairro classe alta. O táxi foi baratíssimo, 20 reais. Fiz o checkin no pior hostel que já fiquei na vida, Obah hostel. Jantei por ali e dormi. 

No dia seguinte fui primeiro revelar meia filmes antigos e em seguida parque moinho de ventos. Bonitinho e agradável com seu laguinho, tartarugas e o moinho.

  
Em seguida fui pra rua mais bonita do mundo, Rua Gonçalo de Carvalho. Realmente muito bonita, nos entrega uma sensação de paz quando há silêncio. No tripadivisor vi muitas avaliações dizendo que não tinha nada demais, bom, a beleza está nos olhos de quem vê. Almocei no shopping ao lado e caminhei até a rodoviária pra comprar minha passagem a Montevidéu.

  Rua Gonçalo de Carvalho
Quando saio da rodoviária o céu despenca. Corro até a estação de trem para seguir ao mercado. Tudo já estava molhado e não pude apreciar muito. Há de tudo um pouco, muitas castanhas e nozes, frutas, frios, casas de artigos religiosos africanos e uma loja muito boa de bebidas com muitas cervejas importadas. 

Corri na chuva, comprei um guarda-chuva por 10 reais e caminhei mais tranquilo. Visitei a casa de Quintana, onde tomei um café apreciando a vista. 

  Vista do Guaíba

Apreciei algumas artes, tirei algumas fotos, mas não explorei muito o local. 

De lá fui ao gasômetro ainda sob chuva. Apreciei à vista e segui pra Catedral. Muito linda por dentro, com uma bela praça à frente. 

Desci o viaduto e peguei um ônibus ao parque Farroupilha. “Deu ruim”. Chovia muito e tudo estava alagado, desistir e fui tomar um café para voltar ao hostel.

De noite tomei uma cerveja tcheca próximo ao hostel para partir no outro dia. Até meia noite, a chuva não tinha dado trégua. Ao menos dormi bem.

  

Porto Alegre

Novas férias, julho. Por isso é bom ser professor. Embora o cansaço de todo o semestre, é ótimo ter férias e recesso. Desta vez escolhi um destino nacional, o Rio Grande do Sul. Visitarei duas cidades, mais no intuito de visitar uma amiga que há pouco se mudou para Caxias do Sul. Conhecerei, portanto, Porto Alegre e a cidade da minha amiga.

Fim

Acabou-se o Japão. No trem em sentido ao aeroporto busquei olhar e memorizar cada ponto, cada particularidade local, registrar na mente o que possivelmente demoraria a rever.Pegamos o trem mais lento e mais barato, tive receio que não desse tempo, mas sim deu. Não vi onde restituir meu Suica e Pasmo card. Guardei-os como souvenir. 

No checkin o chão balançou, a atendente disse que não sentiu nada e fiquei pensando se já não estavam tão acostumados que nem sentiam mais o círculo do fogo.

Arrancaram de nossos passaportes os bilhetes de entrada. Narita se despedia de nós.
Após 9 horas chegamos a São Francisco, de volta ao ocidente, à rudez, à sensação de competição ocidental onde um deve ser melhor que o outro. Em contato com os primeiros brasileiros, achavam que os States eram muito evoluídos e organizados. “É porque você nunca esteve no Japão!”

E lá vinham mais de nossos compatriotas, falando alto e rindo, estávamos um pouco desgostosos, pois toda a viagem foi um choque cultural muito grande. Educação, respeito ao próximo, à natureza, gentileza, paciência e calma. Itens que faltavam a mim mesmo. Não posso querer que de uma hora para outra todos os brasileiros tenham mudado. Mas foi chocante perceber o quanto somos esnobes e exibidos, além de egoístas e interesseiros. Ao menos aprendi um pouco e pretendo mudar.

Espero rever-te em breve também, Japão.

   
 

De bike em Kyoto

Mais um dia de bicicleta pelo Japão e desta vez em Quioto. Alugamos no próprio Hostel por ¥700 o dia. Era um dia frio, nos empacotamos e fomos.
Todo o Japão é bike friendly, mas em Quioto sentimos uma leve diferença. Algumas vezes tivemos que pedalar pela rua, por falta de espaço para pedalar mais seguramente, no entanto os carros respeitam ciclistas muito bem.

Nossa primeira parada foi o santuário Fushimi Inari. Não havia estacionamento de bike, encontramos algumas paradas e deixamos as nossas lá. Fizemos o passeio pelo templo, depois pela montanha com os diversos toris, muito famosos. Caminhamos até nos cansar. Pegamos as bicis e partimos para o Kiyomizu-dera, outro templo, o local todo enladeirado. Mais uma vez sem estacionamento, deixamos nossa magrelas próximo a umas outras e fomos pro templo.

Fushimi Inari, um santuário Xintoísta.
Fushimi Inari, um santuário Xintoísta.
O início do caminho dos Torís
O início do caminho dos Torís
Um trecho do caminho
Um trecho do caminho
Outra vista dos Torís
Outra vista dos Torís
A deusa Kanon
A deusa Kanon

Kiyomizu-dera é famoso pra nós turistas por ter sido construído sem um único prego. Fica no alto, e a vista é muito bonita. Estava ameaçando chover, caia uma leve garoa misturada com pequenos cristais de gelo. Tiramos varias fotos. E depois de muitos dias foi a primeira vez que ouvimos outras pessoas falando português, não interagimos, apenas olhamos.

Eu com a analógica em Kiyomizu dera
Eu com a analógica em Kiyomizu dera
Kiyomizudera na sua posição mais famosa
Kiyomizudera na sua posição mais famosa

Descemos de volta para as bikes, chegamos lá, ambas haviam sido enroladas em uma fita e havia uma inscrição em japonês que eu não fazia ideia do que era, olhamos em volta para ver se alguém poderia nos ajudar, mas não tinha ninguém. Tiramos a fita e fomos embora. Talvez tenha sido porque não deveríamos tê-las estacionado ali.
Nosso próximo destino era qualquer lugar, e então passeamos pela cidade sem rumo. Paramos num restaurante chinês, comemos como porcos, descansamos um pouco. Queríamos ir à beira do rio, mas não era permitido o trânsito de bicicleta, além do mais haviam guardinhas fiscalizando. Tentamos procurar uma estátua de um buda que havíamos visto do topo do prédio de nosso hostel, também não achamos.

Seguimos então para o palácio imperial. Era uma grande e imponente construção dentro de um parque. Infelizmente estava fechado e não vi mais que o telhado. Valeu o passeio pelo parque, o difícil foi pedalar pelas minúsculas pedras que é o chão do parque.

De lá fomos para o museu do Mangá. Estacionamos atrás do local. No espaço externo do museu já haviam pessoas vestidas de personagens e estavam tirando fotos. Eu nunca li um mangá em toda minha vida. Não sei nem o que tem de tão bom, mas resolvi ir para ver. O museu tem uma arquitetura legal e tem a aparência de uma grande biblioteca, muitas pessoas passam um bom tempo lendo ali (praticamente todo o acervo é em japonês), acredito que haja exemplares raros de algumas estórias. Vi também quadros de autores, suas mãos emolduradas em gesso e como seguram o lápis para desenhar. Pudemos ver  uma exposição sobre um mangá que achamos muito bizarro: “Eroica with love. Ficamos confusos, pois um dos personagens principais parecia mulher e ao mesmo tempo homem, parecendo uma relação gay entre ambos. Nossa perplexidade foi devido à cultura japonesa ser tão tradicional que seria difícil crer num tipo de história como aquela publicamente em um veículo de mídia para os jovens. Coisa que no Brasil seria queimado em praça pública. O museu era muito rico e para os amantes da arte, certamente vale a pena. Valeu para nós que nem acompanhamos nada, imagina para quem gosta?

Era noite quando saímos, e seguimos então para a estação a fim de reservar nossos assentos no trem para o dia seguinte e depois fomos para o Hostel. Deixei de ver algumas coisas que gostaria de ter visto em Kyoto. Não fui à Ginza ver gueixas, nem curti mais o Pontocho. Não fomos ao caminho do filósofo e nem curtimos mais profundamente a cidade. Nossos dias foram reduzidos em prol do passeio seguinte. Ainokura.

Floresta de Bambu

Do templo de ouro em Quioto, fomos conhecer a floresta de bambus, Arashyiama. Não sabíamos que ônibus pegar mais uma vez e fomos pra uma estação de trem onde seria possível usar nosso JRPASS. Os trens realmente são uma prioridade para locomoção no Japão, estão em todas as cidades e vão para todos os lados.
Após a estação, não foi difícil achar o local, uma horda de turistas seguia na mesma direção, alguns paravam pelos templos no caminho, nós seguimos direto para o parque.

O início da floresta
O início da floresta

Desde a entrada não havia nada muito emocionante, mas sim havia muitos bambus. Tivemos logo a impressão de que a floresta era mais bonita nas fotos que vimos anteriormente do que ali de corpo e alma presentes. Tiramos fotos e caminhamos tentando achar o melhor local (e menos cheio) para uma foto legal. Não estava dando! Para todos os lados estava cheio de gente, eu estava com dificuldade de fotometrar, estávamos sem paciência para retratos, e a paisagem parece que nunca ficaria como esperávamos.
Encontramos um cemitério no meio do caminho, havia uma placa proibindo a passagem, mas fiz “a brasileira” e subi uma pontezinha de acesso para admirar a paisagem. Era um trilho de trem abaixo e esperei um passar.
Voltei pro caminho do bambu e finalmente encontramos uma paisagem que nos agradou. Os bambus eram retos e mais organizados, o local mais escuro com um leve contraste do verde escuro das plantas e uma ladeirinha nos permitia alguns segundos de solidão para as fotos.

Uma vista melhor do bambuzal
Uma vista melhor do bambuzal, no alto o pintor de quem compramos o quadro
Una árvore interessante, com cara de gente
Una árvore interessante, com cara de gente

Foi um pouco difícil e nenhuma virou obra de arte. Mas encontramos um pintor que havia acabado de terminar uma pintura do próprio local, vendia o quadro a ¥3000, Wendel não hesitou e comprou.
Resolvemos tomar um caminho diferente pra voltar pro metrô. Fiquei meio desconfiado porque sei que essas coisas não dão muito certo quando você já andou muito, está cansado, com frio, fome e ainda não sabe como voltar pro local de origem, mas mesmo assim fomos explorar o bairro japonês.
Encontramos uma placa com o nome de um templo que gostaria visitar, Adashino Nenbutsuji. Ficava a 20 minutos de onde estávamos. Partiu! A maior atração deste templo, além da gratuidade, eram as diversas imagens de buda espalhadas pelo local. O bairro era muito lindo, claramente de alta classe social, casas mais modernas, carros mais caros, a aparência de toda a área era diferente. Começou a esfriar e ameaçou chover. Apertamos o passo, encontramos o templo, m

Cenário do bairro japonês nos entornos da floresta de bambu
Cenário do bairro japonês nos entornos da floresta de bambu

as já estava fechado. Eram quase 17:00. Não vi os budinhas, mas valeu a pena ver o bairro. Pegamos o ônibus e voltamos à cidade. Enfrentamos muito trânsito e entendemos como é bom andar de trem.

Trens para todos os lados
Trens para todos os lados

De Tóquio à Fukuoka

Colocamos Fukuoka na rota pois parte do grupo assistiria ao show do Kanjani nesta cidade. Eu não fui pois não conhecia a banda, embora acredite que teria sido interessante pela experiência.
Levamos o nosso JR pass, e partimos numa longa jornada de mais de 5 horas. Pensei logo em comprar um obentô para comer na hora do almoço, mas os preços exorbitantes

Shinkansen para Shin-Osaka chamado Hikari
Shinkansen para Shin-Osaka chamado Hikari

me fizeram comprar apenas um sanduíche natural simples. Primeiro estava nevando em algumas regiões, portanto a viagem atrasaria. Nosso Shinkansen se chamava Hikari, depois em Osaka trocaríamos para o Sakura.

Ao embarcar, o trem estava vazio e conseguimos acomodar nossas malas enormes no compartimento acima de nossas cabeças, notamos logo que algumas estavam ocupando espaços de outros passageiros e seria um transtorno tirá-las de lá com alguém sentando logo abaixo, acomodamos algumas em nossa frente, no assento mesmo, já que há espaço. Teríamos que ir até Osaka para então trocar de trem.
O caminho foi um espetáculo, mal saímos de Tóquio e já podíamos ver o monte Fuji, imponente à nossa direita, rendeu muitas fotos, mais adiante começamos a ver gelo, muitos campos cobertos de neve, casinhas que soltavam fumaça, bem aquecidas naquela bela imagem de inverno.

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Monte Fuji visto do Shinkansen no caminho para Fukuoka

Passamos por Quioto e rapidamente Osaka onde trocamos de trem, este um pouco menos moderno, abafado e quente, estávamos morrendo com nossas 4 camadas, e lotado, vindo de algum outro local. Não pudemos sentar todos juntos, eu e Wendel conseguimos um assento para os dois no primeiro vagão, os demais foram separados. Até Hakata, nossa estação na cidade Fukuoka, levaria mais umas horas.

O assento da janela estava ocupado não podíamos observar a paisagem, e entre um cochilo e outro observávamos os passageiros entrando e saindo, viajando inclusive em pé no trem, achei que não era permitido. Vimos mais neve, tempestades de chuva e gelo. Um senhor japonês sentava a nosso lado e conversou um pouco conosco. Ficou impressionado em saber que éramos brasileiros.
Depois de 5 horas de viagem, finalmente chegamos a Fukuoka, correndo para tirar nossas malas do trem e poder desembarcar. Livres para mais passeio.