Retorno à Tóquio

Pela janela do trem as luzes. Cores e gente para todos os lados. O formigueiro japonês. Já virei japones também. Estou nascendo para essa nação. Me empatizei. Comparo-os aos incas, se os europeus tivessem deixado-os em paz, talvez teriam se tornado um país como este, com sua própria cultura, tradição e desenvolvimento. Um país muito rico, cheio de ouro. A sorte do Japão, talvez, foi o isolamento.
Enfim Tóquio, está acabando!
Desde alguns dias eu estava louco para revelar uns filmes. Mais entendido da cultura e dos espaços, na mesma noite que cheguei, após ver os amigos, levei-os a me acompanhar e achar a loja da lomography para enfim deixar os filmes e revelá-los. Botei no Google e partirmos para o endereço. Quem disse que eu encontrava? Parei numa loja, ninguém conhecia, parei em outra e ninguém sabia do endereço, ou não estava muito disposto a ajudar. Até que numa loja diferente, vendiam trens em miniatura para coleção, o balconista acessou a internet, buscou o endereço e disse que ficava no Arts Chiyoda (um centro de artes do bairro), apontou a direção e seguimos, mas não encontrava, além disso chovia. Sorte que todos estávamos animados, conversando bastante devido o reencontro e agora haviam mais duas novas participantes chegadas da Paraíba, estávamos emocionados elogiando o Japão e mostrando os lugares. 
Parei então numa lanchonete de cachorro quentes e perguntei do Arts Chiyoda, um dos trabalhadores ( sempre acho que é o dono ) pegou seu guarda-chuva saiu na rua e simplesmente nos levou até o local que ficava a mais umas duas quadras. Conversou comigo em inglês e no final nos convidou para irmos à seu restaurante. Eu tinha plena certeza que me pediria dinheiro, mas claro que não pediu. 
A loja que eu procurava estava fechada, não fomos ao hot dog, fomos para outro local, em Akihabara mesmo, procurar um karaokê.

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