De bici em Fukuoka

Em João Pessoa me esforço ao máximo para ir ao trabalho de bicicleta, não é fácil, a cidade é muito quente e preciso de um banho assim que chego no trabalho, sem falar na falta de ciclovia, etc., aquelas coisas que já sabemos.
Em Fukuoka, sabendo que a cidade era plana, resolvemos pedalar para conhecer os principais pontos turísticos. Logo ao chegar em nosso apê, vimos um mapa que apontava onde havia uma loja para aluguel de bicicletas. No dia seguinte, sábado, 3 de janeiro, fomos procurar tal local e não achamos, andamos até encontrar uma loja de bicicletas e nos sentimos aliviados, um atendente falava um pouco de inglês – outro alívio – mas não era aquela a loja para alugar, ali apenas vendia-se bicis, mas ele nos direcionou para a loja que estava no mapa do apê, e que por descuido não tiramos foto para melhor nos guiarmos.
Seguimos até esta outra loja, parecia haver uma casa ao lado. Wendel tocou a campainha e um senhorzinho o atendeu, mas a loja estava fechada, pois era feriado. Desistimos e seguimos para um parque chamado Ohori, nele encontramos um pequeno santuário xintoísta onde tiramos algumas fotos e observamos os costumes locais de tirar a sorte, escrever orações em plaquinhas de madeira, deixar suas oferendas em forma de talismã e dinheiro, entre outras atividades daquele dia no local. Antes de sair experimentamos um espetinho de carne e um bom Takoyaki, todos gostosos.

Comendo Takoyaki depois da visita ao templo Gokoku
Comendo Takoyaki depois da visita ao templo Gokoku

Passeamos um pouco no parque, à beira de um lago, e via pessoas correndo, pedalando. Minha vontade de bicicleta aumentou. Vimos uma Starbucks no caminho e corri pra pegar internet a fim de saber onde haveria aluguel de bicicletas, encontro um endereço relativamente próximo à 16 minutos a pé, segundo o Google estaria aberto. Fomos até lá, e estava fechado. Com um mapa na mão, vi que estávamos próximos a um shopping e que lá haveria mais outra loja, e finalmente estava aberta. O atendente japonês disse que falava pouco inglês, mas pelo contrário, tinha um inglês ótimos, deu todas as instruções muito bem, e é claro, muito simpático. Eram 14 horas, nos cobrariam ¥200 pela primeira hora e ¥100 pelas demais.

Posando com a bici, atrás uma casinha típica, de frente havia um grande pagoda budista
Posando com a bici, atrás uma casinha típica, de frente havia um grande pagoda budista
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À beira do canal em Nakasu

As bicicletas eram leves e uma pedalada já nos deixavam bem distantes. Fomos primeiro à torre de Fukuoka, um prédio com uns 80 andares se não me engano onde há um observatório, tiramos fotos e resolvemos não subir. Saímos de lá atravessamos um parque e chegamos à beira mar, passeamos, paramos, caminhamos pelos quebra-mares, tiramos foto digital, polaroid, observamos o local com binóculos e depois partimos em direção à cidade. Chegamos ao centro onde o que mais vimos foi shopping, eram muitos, sinceramente, acho que o japonês gosta de comprar. O shopping mais famoso é o Canal City, passamos apenas pela frente dele, já que não queríamos comprar nada, seguimos para alguns templos, e logo a noite caiu, paramos à beira de um canal em Nakasu, onde servia um lámen tradicional da região. Sentamos em uma barraquinha abarrotada de gente, sem espaço para nós acomodarmos. Pedimos um lámen, churrasco e uma biru (cerveja), ao meu lado estava um japonesão e sua esposa comendo, fazendo altos ruídos, chupando a comida, coisa comum por aqui, quando chegou meu prato resolvi ir no embalo…rs…. Logo a mulher nos ofereceu um pouco que estava comendo, não parecia saboroso, mas por educação resolvi aceitar, o sabor era péssimo.

Na barraca do Lámen, com a silhueta do japonesão
Na barraca do Lámen, com a silhueta do japonesão

Fomos embora e devolvemos a bicicleta às 20hs. Tivemos que caminhar mais e pegar ônibus. Recomendo ao se alugar bici, que o faça perto do local de estadia, assim economiza dinheiro e tempo. No final estávamos mortos e quebrados de tanto pedalar. O Japão tem ótimos espaços para pedalar e realmente é um país bike friendly. Vale muito à pena e recomendo muito.