Templo flutuante, cervos e bolinhos

Pertinho de Hiroshima há um famoso ponto turístico que é o Tori flutuante. Tori é aquele portal vermelho característico japonês e que se encontra na entrada de santuários xintoístas. Este é conhecido por se encontrar dentro do mar em uma ilha chamada Miyajima, ou Futsukushima.

Para chegar até lá pega-se um trem na estação de Hiroshima mesmo e vai até Miyajima-guchi, o trem é local, nada de Shinkansen. Uns 20 minutos e já chegamos.Descendo da estação deve-se utilizar uma balsa para atravessar até a ilha, as placas indicam o caminho para a balsa, que é super simples, é só seguir a mesma rua.

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Lojinha do Momiji Manchu

Uma amiga de Danielle havia lhe dito que em Hiroshima havia um biscoito em forma de folha de bordo (maple leaf) que era uma delicia e deveríamos experimentar, o nome: Momiji Manchu. Nesta rua havia muitas lojinhas com fabricação local desta iguaria. Paramos em uma no meio do caminho, muito agradável, as atendentes eram todas mulheres de todas as idades. No Japão sempre há amostras para você experimentar. Eram bolinhos muito bonitinhos, o sabor para Wendel e eu não era lá essas coisas, os doces no Japão ganham mais pela cara que pelo sabor, ao menos para o nosso paladar ocidental acostumado com açúcar e gorduras. Havia porém uns biscoitos com o mesmo formato de folhinha, e estes achei muito mais saborosos, comprei vários, inclusive um pacote para tomar café com meus país no Brasil. Espero que cheguem inteiros.
Daí partimos para a balsa, com nosso JR pass este percurso também estava garantido. Mas é preciso atenção, pois há uma outra balsa, à esquerda, que não é operada pela JR e o passe não dá direito.
A ilha é bem agradável, já desembarcando do Ferry, encontramos na rua cervos soltos e livres, aqui no Japão são animais sagrados e são respeitados pela população, logicamente devem ser respeitados por turistas também. Há recomendações pelas cidades de não dar comida, nem tocar nos animais, mas vi que nem os japoneses obedecem, principalmente crianças. Nós não quisemos perder a chance e fomos acariciá-los, tirar fotos com eles, são animais muito bonitos e com a carinha fofinha, lembrei do meu Lorde que está no Brasil, dava vontade logo de abraçar.
Minha recomendação é não ter comida perto deles e nem qualquer papel, eles comem de tudo e já vão cheirando nossos bolsos pra ver se encontram alguma coisa.

Terra de veados livres
Terra de veados livres

Seguimos para o santuário da ilha onde se encontrava o Tori flutuante, pelo caminho muitas lojinhas e comidinhas interessantes, provei de tudo que podia, vários bolinhos e espetinhos.

O Tori flutuante
O Tori flutuante

Chegamos ao santuário, pagamos ¥400 de entrada, ele é suspenso e construído à beira mar, caminhamos em cima da água na maré alta. O cenário é todo pintado de vermelho branco, rende belas fotos. Chegando na metade dele encontramos o Tori mais à frente no meio do mar. A maré alta o faz parecer flutuante, assim como todo o santuário.

Uma volta pelo santuário
Uma volta pelo santuário

Quando terminamos o passeio demos uma volta pelas proximidades e compramos alguns souvenirs numa lojinha de um casal de idosos que fizeram de tudo para nós vender, a senhorinha muito simpática nos apresentava tudo num inglês bem engraçado, tentando se fazer compreendida, comprei uma caneca e outras coisinhas.

O Tori flutuante visto do santuário. A maré estava baixando.
O Tori flutuante visto do santuário. A maré estava baixando.

O roteiro incluía a subida por teleférico à montanha da ilha, mas desistimos pelo cansaço e tempo, como é inverno o sol se põe mais cedo e falta tempo pra tudo. Atravessamos a balsa de volta fomos presenteados com um belo pôr do sol, a foto está no meu insta @zulrid.

Pessoas amarrando a má sorte tirada no santuário, a fim de que as previsões não se cumpram.
Pessoas amarrando a má sorte tirada no santuário, a fim de que as previsões não se cumpram.
Já era quase noite quando deixamos a ilha
Já era quase noite quando deixamos a ilha